Gestión interjurisdiccional de áreas naturales protegidas (Tucumán, Argentina)
Resumo
O final do século XIX e começo do século XX marcaram o início da implementação da estratégia de proteção da natureza através da categoria “Parque Nacional” na Argentina, a nível nacional, e em Tucumán, a nível provincial, pela categoria “Parque Provincial”. Conformam dois sistemas de modelos de gestão da biodiversidade que se consolidam como díspares e desarticulados, porém, longe de aprofundarem a proteção da natureza, agravam o isolamento e a desarticulação das áreas naturais protegidas no país, promovidas por diferentes motivações. O processo de formação de ambos modelos de gestão esteve ligado a distintos procedimentos territoriais em relação às dinâmicas naturais e aos diferentes componentes do ambiente físico, que, longe de serem simplificados, foram intensificados por mudanças nos contextos internacional, nacional e local. Atento a isso, o objetivo central deste trabalho é visibilizar, analisar e compreender as diferentes lógicas, práticas e dinâmicas territoriais ligadas à gestão do ambiente natural em uma perspectiva conservacionista, a nível interjurisdicional, na província de Tucumán. O processo de mudança das cosmovisões sobre a natureza e sua gestão foi acompanhado pelo fortalecimento das lógicas capitalistas e neoliberais que tornaram visíveis novos atores, como ONGs internacionais, atuando como elos facilitadores para a concretização de novas estratégias de conservação, configurando sistemas complexos de gestão de áreas protegidas com “velhas novas práticas” que continuam a invisibilizar a população local que está em contato com a biodiversidade.
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